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Atanados

Publicado: Quinta, 11 de Novembro de 2021, 17h32 | Última atualização em Quinta, 11 de Novembro de 2021, 17h32

Termo utilizado para designar as substâncias vegetais, tais como cascas de árvores, sementes, folhas, frutos, raízes e flores, usadas tanto na coloração de peles e roupas desde o início da colonização do Brasil, bem como para os couros já tingidos por esses gêneros. A colônia, sobretudo na região norte, tinha grande oferta de extratos vegetais para tingimento, bastando lembrar o pau-brasil, madeira que produzia um corante vermelho muito usado na Europa para a coloração de tecidos. A produção de couros no Brasil era complementar à atividade da pecuária para corte e leite e forneceu gêneros em quantidade bastante significativa para exportação para o Reino, muito embora não fosse suficiente para prover as necessidades da metrópole. O comércio de couros atanados, ou seja, tingidos a partir de corantes naturais, era expressivo e não se limitou a Portugal, sendo ampliado às nações amigas durante o período joanino. A região que mais participou da exportação de couro foi o Nordeste – forte na pecuária – e o Norte, abundante em plantas ricas em extratos, era responsável pela maioria dos corantes empregados nos curtumes, principalmente de Pernambuco e da Paraíba, onde ficavam as fábricas. Uma vantagem na venda do couro já atanado, além do valor agregado pelo tingimento, era que o material se tornava mais firme e resistente. A confecção de couros, atanados ou não, teve grande importância comercial para o Brasil durante o século XVIII, sobretudo para o sertão nordestino.

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