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Palmatória

Publicado: Segunda, 15 de Novembro de 2021, 11h46 | Última atualização em Segunda, 15 de Novembro de 2021, 11h46

Pequena peça circular, geralmente de madeira, não raro com cinco orifícios dispostos em cruz e com um cabo, a qual servia, nas escolas e em casa, para castigar as crianças e os escravos batendo-lhes na mão. O uso da palmatória e de outros castigos físicos era largamente empregado não apenas no universo escolar, mas em todo o processo que envolvesse relações humanas, fossem elas entre senhor e escravo, entre marido e esposa, fossem entre pais e filhos, entre outras situações. A promulgação da lei de 15 de outubro de 1827 que, entre diversas prescrições, incidia sobre a proibição de castigos físicos nas escolas, substituindo-os pelo de cunho moral, não deteve as discussões sobre o grau de moderação com que devia o professor servir-se da palmatória para corrigir comportamentos ou fazer o aluno compreender a matemática, por exemplo. “A palmatória, o chicote, a vara, as carteiras, os livros, o quadro de giz e outros objetos faziam parte da cultura escolar daquele tempo histórico. Mesmo após a proibição de castigos físicos, a palmatória adentrava no século XX como um artefato ainda inserido na cultura material escolar.” (Aragão, M. e Freitas, A.G. Práticas de castigos escolares: enlaces históricos entre normas e cotidiano. Conjectura, v. 17, n. 2, p. 17-36, maio/ago. 2012) Recomendava-se que os golpes se limitassem a seis, no máximo, e não deveriam atingir o roto ou a cabeça.

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