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Cochonilha

Publicado: Sexta, 19 de Novembro de 2021, 19h09 | Última atualização em Sexta, 19 de Novembro de 2021, 19h09

Nome dado aos insetos da família Coccidae, da fêmea é extraído um corante natural, de cor vermelho intenso, utilizada ainda hoje e que foi objeto de muito interesse dos naturalistas e administradores luso-brasileiros. A cochonilha vive em certos gêneros de cactos, chamados de nopal pelos nativos habitantes da região do atual México e o ácido carmínico extraído deste inseto já era usado pelos Astecas e povos da América central, milhares de anos antes da invasão espanhola, para colorir tecidos e outros artesanatos, bem como para cerimônias religiosas. Durante o período de colonização hispânica, a cochonilha foi o segundo produto em valor exportado pelo Vice-Reino da Nova Espanha, superado apenas pela prata. O corante era consumido em larga escala na Europa e seu valor bastante elevado. Em 1780, Frei José Mariano da Conceição Veloso, um dos tomos de O Fazendeiro do Brazil, publicou a tradução do livro Traité de la culture dunopal et de l’éducation de la cochenille, de N. J. Thiéry de Menonville, que tratava da preparação da tão cobiçada tinta vermelha. Frei Veloso propunha, em sua publicação, o desenvolvimento da cultura da cochonilha no Brasil. Destacam-se também, os esforços de d. Rodrigo de Souza Coutinho para enviar Hipólito José da Costa à América do Norte, com instruções de passar pelo México e buscar “conseguir o inseto e a planta da cochonilha e conhecer o método de seu tratamento e preparo e transportá-los para Portugal, procurando iludir a vigilância alfandegária rigorosa dos espanhóis, que proibiam aquela exportação”.

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