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Ladinos

Publicado: Segunda, 29 de Novembro de 2021, 18h00 | Última atualização em Segunda, 29 de Novembro de 2021, 18h00

Eram chamados escravos ladinos os africanos considerados social e culturalmente adaptados: sabiam falar português e transitavam pela sociedade escravocrata com certa desenvoltura (o que não significa aceitação ou passividade). O termo normalmente se contrapunha a boçal, que designava um africano recém- chegado, que desconhecia o português e não conseguia se comunicar através de sinais. O domínio do idioma português e a importância que assume naquela sociedade, em contrapartida à partilha das diversas línguas africanas que não iriam desaparecer, teria impacto nas formas de comunicação e resistência, como assina Ivana S. Lima (A língua de branco no Rio de Janeiro. Revista do AGCRJ. n.9, 2015, p.63-76 http://wpro.rio.rj.gov.br/revistaagcrj/wp-content/uploads/2016/11/e09_a28.pdf). A maior ou menor presença de ladinos ou de boçais no Brasil também variou com a intensidade do tráfico, que chega legalmente ao fim em 1850. Essa classificação foi corrente na sociedade escravista, servindo para a sua descrição em documentos policiais ou na busca de fugitivos pelos jornais já no século XIX por exemplo.

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