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Linho Cânhamo

Publicado: Segunda, 29 de Novembro de 2021, 19h09 | Última atualização em Segunda, 29 de Novembro de 2021, 19h09
Carta do príncipe regente d. João ao vice-rei d. Fernando José de Portugal, determinando o aperfeiçoamento e ampliação de algumas culturas na capitania do Rio de Janeiro, incluindo o linho-cânhamo. Lisboa, 8 de julho de 1800. Secretaria de Estado do Brasil. BR RJANRIO COD.67.v.1

De origem asiática, é uma espécie herbácea da família das moráceas. De suas plantas são extraídas fibras utilizadas na construção de velas para barcos e cordas. Portugal destacou-se na produção dessa espécie, fornecendo matéria-prima para grande parte de suas embarcações na idade moderna. Até fins dos oitocentos, o cânhamo era a cultura não alimentar primordial em Portugal, pois era considerado item de primeira necessidade para as potências marítimas. Nesse mesmo século, foram realizadas iniciativas para seu plantio em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. A política pombalina tinha como objetivo uma autossuficiência na produção do linho- cânhamo, buscando uma independência da Inglaterra para a produção de linho e tecidos para o velame das naus portuguesas. Assim, tendo como orientação o fomento da indústria naval, em 1783, por ordem do marquês de Pombal, foi instalada a Real Feitoria do Linho Cânhamo, no Rincão de Canguçu (RS). Foram enviados à região, escravos, ferramentas e uma estrutura burocrática, responsável pela produção e envio dos gêneros à metrópole. Estariam proibidas, portanto, as manufaturas têxteis ou de corda em território colonial. Apesar de alguma produção no Brasil, a inexperiência no cultivo, a falta de implementos apropriados e a má conservação das sementes fizeram com que a cultura do linho-cânhamo não tivesse grande expressão.

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