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Noz-Moscada

Publicado: Quarta, 08 de Dezembro de 2021, 18h26 | Última atualização em Quarta, 08 de Dezembro de 2021, 18h26
Carta enviada ao governador do Estado português na Índia por d. Rodrigo de Souza Coutinho recomendando a obtenção e o envio de sementes e mudas de plantas asiáticas que poderiam se adaptar ao clima e aos terrenos do Brasil, incluindo o cravo e noz-moscada. Rio de Janeiro, 12 de novembro de 1808. Ministério dos negócios Estrangeiros e da Guerra. BR RJAN RIO A6. IJJ1.758

 

Especiaria retirada da semente do fruto da moscadeira, árvore originária das ilhas de Banda no arquipélago das Molucas, Indonésia. Assim como outras especiarias, foi desconhecida dos ocidentais até a Idade Média, quando teve início a sua comercialização pelos mouros. A noz-moscada na Europa pelos mercados de Gênova e era distribuída no continente a preços elevados devido ao monopólio árabe. Mesmo assim, foi utilizada em grande escala na Europa, como conservante para alimentos, como tempero culinário e para os fabricantes de cerveja, na medicina – no início do século XVII, lhe era atribuída a cura de mais de 140 doenças – e na forma de perfume, para esconder os maus cheiros das ruas. Em 1511, os portugueses conquistaram Malaca, centro do comércio asiático, e descobriram a proveniência da especiaria, as ilhas de Banda, para onde foram enviados navios lusos, com o objetivo de estabelecer uma nova rota comercial da noz-moscada, livre dos atravessadores árabes. No curto espaço de tempo entre o início dos séculos XV e XVI, os portugueses conseguiram garantir o monopólio da produção nas Moluscas, que só foi quebrado quando os holandeses transferiram as primeiras moscadeiras para as Antilhas, obtendo sucesso. A ilha de Granada, no Caribe, é, até hoje, a maior produtora mundial de noz-moscada.

 
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